quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estresse.


Anos que não passo por aqui. E sinceramente, não tenho nada de mais a dizer. Somente sobre meu estresse.

Desde que soube as datas das provas de Química Orgânica Avançada no mestrado, tenho estudado aproximadamente 16 horas/dia. É sério. Isso porque conforme vou ficando estressado ou sob pressão, minha falta de memória tende a piorar muito, além de outros fatores, como criatividade, humor, concentração,  paciência, freecell, campo minado... Opa, desculpa, era de outra paciência que falava. Viram? Total falta de concentração.

O maior problema é a memória mesmo. Não lembrar o nome de pessoas que convivo diariamente é até novo pra mim, esquecer palavras em um idioma ou outro e, é claro, esquecer tudo o que eu havia estudado. A cada dia eu tinha que estudar mais porque a impressão que eu tinha era que, ao colocar minha cabeça no travesseiro, toda a informação adquirida naquele dia havia sumido da minha cabeça.

Bom, fiz duas das provas mais importantes e agora estou tentando voltar ao normal. Na verdade, a primeira prova foi anulada e será remarcada. Parece que vou ter que estudar mais.

Eu gosto de estudar, gosto de saber, aprender coisas novas e complicadas. Mas, sinceramente, sinto falta do laboratório, da minha namorada, dos meus amigos, da minha guitarra, dos tempos em que eu nada tinha pra fazer e ficava aqui escrevendo nesse blog. Ainda assim, ressalto, adoro estudar. Agora tenho que me organizar pra poder ter um pouco de tudo. E procurar um bom psicólogo. rs

Acho que é isso. Volto em breve e... se não voltar é porque provavelmente esqueci.

Forte abraço.

Evoluindo...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Banco do Brasil



Olá, caros três leitores assíduos deste blog. Oi, mãe.

Bom, eu queria dizer uma coisa que não vai mudar em nada a vida de vocês: Estou puto. No entanto, o porquê dessa putaria (está aí uma maneira de empregar essa palavra que nunca pensei. rs) é, no mínimo, de interesse comum.

Entendam bem, eu sei que existem coisas boas e más, é uma maneira de Deus equilibrar o mundo, sei lá. Eu entendo a guerra, afinal daí surge a paz. Eu entendo a fome, pois daí surge a caridade, bondade, et cetera... Eu entendo até mesmo as doenças, isso porque caso contrário eu não teria um emprego (farmacêutico). O que eu realmente não consigo entender é o (insira aqui seu palavrão predileto)  Banco do Brasil. Qual é a razão da existência dele? Por que merecemos esse castigo? Com certeza, Faraó teria deixado os Hebreus partir se Moisés dissesse "ou deixa meu povo ir ou abro uma filial do Banco do Brasil nessa p@#$a!".

Eu fui obrigado a abrir uma conta no Banco do Brasil pra receber a bolsa do mestrado. Até agora eu só gastei dinheiro pra resolver os problemas que o Banco impunha, e nada de bolsa na minha conta. E hoje aconteceu uma cena que deve ter acontecido com a maioria de vocês... três, leitores assíduos desse blog. Eu tive que resolver 4 problemas no banco, problemas esse que o Itaú resolveria em poucos minutos com apenas uma atendente e eu estaria sentado. No BB, é diferente, claro. Você entra em uma fila, pega senha pro problema número 1, desce as escadas, aguarda 1 hora em pé. Volta, fila, pega senha pro problema número 2, sobe dois andares. Volta, fila. senha pro problema 3 e assim vai. Cheguei no banco às 13 horas, saí às 17 horas, não resolvi 2 dos 4 problemas. Existem coisas nesse mundo que só existem pra te mudar de uma maneira bem ruim.  

Eu costumava ser um cara paciente e calmo, então encontrei a Vivo (escrevi sobre isso aqui). Isso me mudou. Depois ganhei uns softwares da Microsoft, originais, e por um problema no computador que não reconhecia os seriais (números de autenticação), pedi um novo serial. Fui informado que para ter os seriais novos eu teria que enviar a nota de compra por e-mail. Okay... como eu peço a nota fiscal de um presente? A Microsoft também me mudou. E agora, ilustres leitores que aguentaram ler até aqui, um novo mal aparece na minha vida pra acabar de vez com o pouco de paciência que me resta, o já mencionado, Banco do Brasil. 

Só que ninguém me avisou que, depois de farmacêutico, eu deixaria de ser paciente.



 




sexta-feira, 21 de maio de 2010

Vivo e continuo vivendo.




"Eu vou pra Jacarepaguá". Alguém Gritava ao telefone a uns 15 metros de mim. "JA-CA-RE-PA-GUÁ". Gritava mais alto e pausadamente. "JA= J + A; CA= C + A; REPAGUA= RE+PA+GUA". "O que?". "Ahh!! Eu vou pra puta que me pariu!". E desliga o telefone.

"É triste, mas você conhece um cliente Vivo de longe". Pensei.

Quando comprei meu primeiro celular, era um claro pré-pago, nunca coloquei um real de crédito naquilo. Então mudei pra Oi. As tarifas eram caras demais, e meus créditos acabavam muito rápido. Então, pra poder falar mais tempo com a minha namorada, ela e eu mudamos pra Vivo. Só que ela mudou pra um plano que a deixa presa na Vivo por um ano em troca de um celular. Tudo bem, afinal tem bônus pra caramba. Eu colocava 18 reais e ganhava 300 de bônus. ESTOU RICO!

O grande problema é que a Vivo sofre com um problema chamado Efeito de sombra, o que quer dizer que se você estiver dentro de casa, em um elevador, em um prédio, embaixo de um toldo, embaixo de ponte ou até mesmo com aqueles chapéus de mexicano, o seu telefone vai picotar até você ficar puto e desligar. Ele não fica sem sinal como as outras operadores, ele deixa de funcionar quando você precisa falar ao telefone.

Graças a Vivo, hoje tenho trauma de falar ao telefone. Quando escuto meu telefone tocar, eu tenho tremiliques e desmaio. Ao passar por uma loja Vivo, minha namorada me segura pra eu não entrar e xingar alguém. Porque toda a vez que alguém me liga eu tenho que ir pro meio da rua, literalmente o meio, entre uma calçada e outra, ou subir três andares na minha casa e falar do terraço, no sol e em pé. Nem pense em abaixar porque picota.

Liguei pra Vivo pra reclamar. Por três vezes, a mulher me atende e não consegue me ouvir, então desliga na minha cara. O ouvido da mãe dela deve estar ardendo até hoje.

O slogan da vivo é: "VIVO - Pega onde nem uma outra pega". Acho que faltou o adendo: "Mas não pega em mais nenhum outro lugar". O foda é ter um celular que pega em Jequitinhona do Norte ou em Piraraquara de itanhaúba e não pega na minha casa e nenhum outro lugar que eu esteja.
 
Então, comprei um celular com JAVA 2.0, pra jogar um monte de jogos legais, Bluetooth 2.0, sensor de movimento, filma e tira fotos (como qualquer celular hoje). Toca todos os formatos de áudio conhecidos, vídeos em MP4 e 3GP, lê arquivos em DOC, DOCX, PDF, TXT, JPEG, PNG, BMP, entre outros formatos... Ele é touchscreen, reconhece minha caligrafia. Tem 8gb de memória, e possue uma agenda que me avisa todos os meus compromissos do ano. E até desligado funciona como um bom peso de papel apesar dos seus 89 gramas apenas. Entre outras funcionalidades, é um excelente aparelho.

Porque a Vivo é assim: Para todos, que não precisam falar ao telefone.

E mês que vem, eu sou cliente TIM e de um bom psicólogo.

Evoluindo...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Penso, logo, esqueço.


Ultimamente, eu tenho reclamado muito da minha memória, da ausência dela, mas foi com a ajuda dela que eu lembrei que esqueço as coisas há muito tempo.

Ter uma memória como a minha tem suas vantagens e desvantagens. Quando saio do cinema e alguém comenta alguma cena comigo, é provavél que, pra mim, aquela cena pareça nem ser daquele filme. Eu a esqueço completamente. No entanto, assisti a série do homem-aranha duas vezes com a mesma emoção da primeira, visto que a maioria dos episódios eram inéditos mesmo da segunda vez.


Coisas muito estranhas já aconteceram por causa disso. Por exemplo, há uns anos eu estava em uma festa, no palco uma companhia de dança se apresentava. Reconheci uma das dançarinas, Débora, ela havia estudado comigo anos atrás. Caminhando, encontrei uma garota que era super amiga dela na época, Priscila. Ela estava em uma roda de amigas. Eu sempre fui muito tímido, principalmente com mulheres em bando, mas ela veio falar comigo. E a conversa seguiu assim:

- "Putz, que coincidência, acabei de ver a Débora." Eu disse.

- "Débora? minha irmã". Ela disse com uma cara de espanto.

- "Ela é sua irmã? nem sabia. Por isso vocês eram tão grudadas." Afirmei, enquanto o semblante dela ficava mais confuso.

- "É, sim, ué. Mas como vão seus pais?". Ela pergunta.

[Enquanto isso na minha cabeça] "Uai, como essa garota conhece meus pais? Acho que ela está me confundindo com alguém. Melhor eu dar uma desculpa e sair."

- "Ficaram em casa, eles não curtem festas... Mas, Priscila, Eu vou indo nessa. Tem uma galera me esperando".

-"Como me chamou?". Todas as amigas dela acompanharam a expressão dela. E eu queria cavar e enfiar a cara em algum buraco, mas o chão era asfaltado.

-"Priscila?!". Respondi suando.

-"Flávia". Me corrigiu.

-"Não, não é." Eu achando que sabia mais que ela.

-"É, sim". Retrucou enquanto eu olhava a expressão das amigas quase morrendo rir.

[Pausa pros meus pensamentos de novo] Meu Deus! se o nome dela é Flávia, então ela passou um ano inteiro como Priscila e ninguém sabia que a Débora era irmã dela.

-"Nossa, Desculpa. Que cabeça a minha! Bom, vou indo"

No meio do caminho, lembrei que aquela era a Flávia que trabalhou por pouco mais de um ano no escritório de meus pais e que, por uma maldita coincidência, tinha uma irmã chamada Débora, que não era a do palco e se bobear nem estava na festa.

E em um outro caso...

Dias atrás, uma mulher bate no meu portão e diz: "Você entregou o meu documento pro seu pai?". E ao ver minha expressão de "hã?", ela ficou desesperada e disse: "Pelo amor de Deus, diga que entregou. Hoje é o último dia pra ele fazer o negócio pra mim." Eu nem lembrava da cara da mulher e muito menos do tal documento. Então eu a enrrolei. Mais tarde, perguntei ao meu pai e descobri que eu tinha entregue, mas não sei quando.

Lembrei dessas histórias porque a pouco mais de 2 horas, eu estava caminhando, olhei em uma loja e uma garota acenou pra mim como se nos conhecêssemos há anos. Eu ainda não sei quem era. Senti-me obrigado a responder o cumprimento e acenei de volta. Apertei o passo.

Outras histórias como a primeira aconteceram outras vezes, mas o post ficaria longo demais.

Eu já tenho boas teorias do porquê da minha memória ser tão ruim, que vão desde a minha alta ingestão de cafeína que começou na infância até câncer no cérebro, mas eu teria só 2 meses de vida e ainda não morri. Existem coisas que até hoje não sei se aconteceram ou se foram sonho. Tudo se mistura na minha memória.

E concluindo...

Sobre o que eu estava falando mesmo?